segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

RETROSPECTIVA 2007

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 569/2007, de segunda-feira, 12 de novembro de 2007.

Apoio à promotoria se inspira na ação com arqueólogos e ambientalistas

O apoio que jipeiros norte-rio-grandenses passarão a dar, voluntariamente, à promotoria de justiça de Nísia Floresta, em defesa do meio ambiente e de direitos coletivos que estão sendo ameaçados cada vez mais pela expansão imobiliária que se desenvolve no território deste município terá a mesma característica do que os “off roaders” vem fazendo há meses em defesa do patrimônio arqueológico do Rio Grande do Norte.

A explicação é do jornalista Roberto Guedes, o jipeiro que procurou a promotora de justiça Uliana Lemos, titular do ministério público em Nísia Floresta, visando o estabelecimento de uma parceria capaz de coibir o fechamento das trilhas do município à passagem dos jipes.

O modelo também tem origem nas inspeções às nascentes dos rios que banham o território do Rio Grande do Norte, que vem a ser a primeira ação seqüenciada de jipeiros em defesa do meio ambiente nesta unidade federativa.

Lançado em abril deste ano, com o propósito de levar parte da sociedade civil do Rio Grande do Norte a conhecer as condições ambientais em que se encontram as nascentes, o projeto já levou jipeiros a conhecer as fontes primárias dos rios Pitimbú e Potengí, os levará às do Maxaranguape em dezembro que se avizinha e a qualquer momento ainda ensejará uma visita ao Golandim, curso d’água que sofreu drásticas agressões há alguns anos e cuja situação atual precisa ser aferida.

Responsável, ainda no início dos anos oitenta, pelo lançamento da idéia de organização da comunidade fora de estrada do Rio Grande do Norte, através da fundação, em Natal, do segundo mais antigo clube de jipeiros em atuação no país, Roberto é, também, o criador e editor de Notícias de Jipeiros, coordenador da Trilhamiga e integrante do grupo que está criando as bases para o surgimento de um clube que reúna os “off roaders” mais comprometidos com princípios de responsabilidade social e sócio-ambiental nesta unidade federativa, o Jeep Clube de Natal.

Desde o segundo trimestre deste ano, graças a mobilização que a Trilhamiga promoveu, alguns jipeiros residentes em Natal têm compartilhado inspeções a sítios históricos e pré-históricos com expoentes da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq). A mais constante equipe que vem agindo neste campo é formada pelo engenheiro aeronáutico Levy Pereira e pelo historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Barros Spencer, presidentes, respectivamente, do Natal Land Clube e da Sonarq.

Segundo Roberto, a colaboração oferecida à promotoria de Nísia Floresta guarda relação, também, com o interesse que os jipeiros natalenses alimentam quanto a servir ao ministério público de modo geral e em especial na defesa do meio ambiente. Ele já tratou desta questão diretamente com o procurador geral de Justiça do Rio Grande do Norte, professor José Augusto Peres Filho, e com o promotor Antonio Siqueira, titular da Coordenadoria de Apoio (Caop) à defesa do meio ambiente no âmbito do “parquet” potiguar, quando os instou a participarem das expedições relacionadas aos cursos d’água.

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Sonarc apresenta relato das pesquisas que tem feito com jipeiro

O presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), professor Walner Barros Spencer, encaminhou ontem ao jornalista Roberto Guedes, coordenador da Trilhamiga, relatório sobre as atividades que vem desenvolvendo há meses em função da parceria com os jipeiros de Natal. Além de mostrar avanços realizados, ele reforça a preocupação que o fechamento de trilhas pelo arame farpado está impondo aos líderes da comunidade jipeira potiguar.

Esta é, na íntegra, a mensagem de Spencer:

“Caro Roberto

Levi Pereira e eu estamos, com reiterada freqüência, buscando deslindar as trilhas coloniais que aparecem em antigos mapas. O trabalho consta de pesquisas cartográficas, comparações entre eles e os atuais (na tentativa de entender as diferenças), estudo de toponímia, histórias locais, sesmarias, localização tradicional de antigas aldeias indígenas e de aldeamentos catequéticos, além de pesquisa na bibliografia de cronistas e viajantes dos séculos coloniais, inclusive batavos. Tudo isto, é claro, é posto à prova rodando no campo, montado na 'Mula', bem como os antigos faziam, só que a nossa é motorizada - um Land Rover.

Vejo-me na obrigação de informar estes fatos ao ilustre amigo, pois foi você quem proporcionou o encontro das partes que hoje estão consolidando uma parceria de trabalho.

O reconhecimento vai progredindo lentamente, pois muitas trilhas desapareceram, ou estão inacessíveis por detrás de cancelas e porteiras fechadas a cadeado; outras, foram utilizadas em parte por estradas atuais, tendo perdido as características, dificultando o seu seguimento e continuidade; chega a ser candente a falta de informação dos moradores dos lugares, sendo que a maioria tem um profundo desconhecimento da história de onde moram atualmente; outros lugares que serviriam de baliza, como lagoas e riachos mudaram de nome, e alguns desapareceram em virtude de obras de saneamento, drenagem de áreas inundadas, canalizações e desvios de curso, natural ou artificialmente. Há casos de grandes mudanças, como a do arrombamento da barra da Lagoa de Guaraíras, no século passado, e que impactou enormemente a região, submergindo várzeas, emendando pequenas lagoas, criando ilhas e, naturalmente, cortando e fazendo desaparecer trilhas e caminhos antigos.

Posso adiantar ao amigo que estamos, contudo, avançando, tendo já reconhecido trechos das principais trilhas, embora com enormes trechos a serem entendidos e descobertos ainda.

Um grande abraço e o manterei informado. Afinal, é direito de padrinho.

Spencer”.

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 574/2007, de quarta-feira, 21 de novembro de 2007.

Sonarq aplaude preocupação com Seridó e anuncia presença na região

A Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq) endossa e aplaude os esforços que a Trilhamiga vem desenvolvendo em relação à necessidade de levar os jipeiros potiguares a conhecer as nascentes dos rios que banham o território do Rio Grande do Norte, como enfatizou o presidente da entidade, professor Valner Barros Spencer, em correspondência que redigiu em função das preocupações motivadas pelas denúncias de poluição dos principais cursos d’água que atuam na região do Seridó.

Motivado por mensagens de diferentes autores que Notícias de Jipeiros veiculou estes dias e pelo convite que a Trilhamiga lançou para que o engenheiro agrônomo José Procópio de Lucena, principal porta-voz da ASA para o Rio Grande do Norte, se incorpore aos esforços que objetivam levar os “off roaders” a conhecer as nascentes dos rios Assu e Seridó, Spencer se manifestou em carta que enviou ontem ao jornalista Roberto Guedes, editor deste jornal virtual e coordenador da Trilhamiga.

Eis a íntegra de sua mensagem:

“Caro amigo Roberto:

Mais uma vez venho parabenizá-lo - e aos integrantes do Trilhamiga - pelo sucesso da iniciativa no tocante ao estudo e preocupação com as nascentes dos nossos rios.

Quero, em nome da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), fazer parelha com os que estão unidos em torno da questão dos rios da República do Seridó. Pretendemos, em sendo possível, fazer parte da equipe que irá inspecionar e debater o problema ‘in loco’, conforme conclamação e chamado do Sr. Procópio.

Sei da qualidade das pessoas e instituições que já estão se comprometendo com a questão, dentre elas o experiente Presidente do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), engenheiro Celso Veiga.

Celso coloca o tema com muita propriedade e emoção, que é um dos componentes básicos de quem lida com a natureza e o ambiente.

Não há duvida de que os rios sempre foram a cloaca das cidades, e deverão ser ainda por muito tempo. O que se pode fazer, pragmaticamente, é buscar reduzir ao máximo as cargas poluentes, tanto através de investimentos na área de saneamento, recomposição das matas de proteção dos mananciais, controle da açudagem assistemática, fiscalização do uso dos espelhos de água, educação ambiental prática, dentre outros. Nada disso é barato, mas existe hoje, internacionalmente, uma disponibilidade de recursos mundiais para soluções do tipo, ainda mais quando se trata de regiões semi-áridas, como o nosso Seridó.

Emoção à parte, deve haver a conscientização de que somos parte de um contínuo existencial. Não há bandidos no passado, nem há heróis agora, no presente, em nossa modesta opinião. A Humanidade está se voltando à proteção da Natureza, dentre outras coisas por proteção própria, pois sabe que a raça humana terminará antes, se não o fizer.

Devemos meditar mais sobre isto. Os Antigos – os grupos arcaicos – se consideravam os Guardiões do Cosmo. Sabiam que a Natureza – e os Deuses deles – dependiam dos Homens para sobreviver, impedindo que o Caos imperasse. Poucos acreditaram.

Os tempos mudaram, e com eles os costumes, mas não seria desperdício de tempo ‘reaprender’ alguns conceitos que foram se perdendo pelo árduo caminho percorrido pela Humanidade.

Um grande abraço

Walner Barros Spencer”.

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 581/2007, de terça-feira, 04 de dezembro de 2007.

Reunião confirmou para domingo, 9, a viagem a Pureza e João Câmara

É mesmo no próximo domingo, 9, que jipeiros natalenses realizarão a expedição que objetiva levá-los a conhecer as nascentes do Maxaranguape, nos municípios de João Câmara e de Pureza, numa missão que compartilharão com arqueólogos, ambientalistas, integrantes de comitês de bacias hidrográficas relativos a outros rios, bem como técnicos e autoridades governamentais.

Agendada desde o final de outubro último, a data da expedição foi confirmada na tarde de ontem, durante a reunião de que participaram os representantes dos grupos interessados em conhecer as nascentes e as condições ambientais em que elas se encontram. O Maxaranguape é o terceiro rio cujas nascentes são inspecionadas por jipeiros natalenses desde meados deste ano, quando a Trilhamiga anunciou o projeto que objetiva levá-los a conhecer as fontes primárias de todos os rios que banham o território do Rio Grande do Norte. Os dois primeiros foram o Pitimbú e o Potengí.

Coordenada pelo presidente do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), engenheiro Celso Veiga, e contando com a participação de vários órgãos, a reunião confirmou a utilização, no domingo, do roteiro de viagem que havia sido pactuado em outubro, mercê de proposta elaborada então pelo advogado e historiador Aldo Torquato, ex-prefeito de João Câmara.

PLANO DE VIAGEM

De acordo com o plano de viagem elaborado por Torquato, o comboio deverá começar a se concentrar às 6 horas, no posto São Luiz da avenida Salgado Filho, em Lagoa Nova, na zona sul de Natal, para iniciar ali seu deslocamento às 5h30m.

Empregando sempre velocidade de comboio e trafegando sobre o asfalto da rodovia BR 406, o comboio deverá chegar a João Câmara por volta das 8 horas. Seus participantes tomarão o café da manhã, então, na fazenda “Santa Rosa”, pertencente a Aldo Torquato e sua esposa, Rosângela.

Logo em seguida, o comboio demandará aos açudes “Grande” e “Pedra D’água”, para que os jipeiros conheçam a situação ambiental de que desfrutam, e à localidade “Amarelão dos Mendonça”, conhecendo uma comunidade formada por remanescentes de índios e negros, para ao meio-dia chegar à localidade de “Buraco Seco”, a fim de inspecionar o riacho que dá origem ao Maxaranguape.

Dali, a caravana rumará ao restaurante “Galinha Caipira”, onde seus integrantes almoçarão. À mesma hora, três ou quatro integrantes do comboio, entre os quais o historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Barros Spencer, presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia (Sonarq), o engenheiro aeronáutico Levy Pereira, presidente, e o professor e técnico em petróleo Job Azevedo, diretor do Natal Land Clube, e Celso Veiga concederão entrevista sobre a situação da nascente do Maxaranguepe na sede da rádio Baixa Verde, a única AM local, do programa “Pra Frente João Câmara”, que Aldo Torquato apresenta ali todos os domingos, do meio-dia às 13 horas.

Concluída a entrevista, eles demandarão ao restaurante, almoçarão e em seguida puxarão o comboio rumo à sede do município de Pureza, onde tem sede a principal nascente do Maxaranguape. Ali o comboio será recebido pelo presidente da Empresa de Pesquisa Agro-pecuária (Emparn), engenheiro Henrique Santana, ex-prefeito de Pureza.

Depois da visita, o comboio demandará a Natal através da rodovia estadual, asfaltada, que leva a Ceará Mirim, onde os jipeiros voltarão a utilizar a BR 406.

PARTICIPANTES

A exemplo de Celso, Job, Levy e Spencer, várias outras pessoas participarão do comboio a partir de Natal. É o caso de representantes das diretorias da Companhia de Águas e Esgotos (Caern), do Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema) e de outros órgãos públicos ligados à ecologia e aos recursos hídricos. A diretoria de pelo menos um comitê de bacia hidrográfica, o vinculado ao rio Pitimbú, participará da viagem, que também deverá receber a companhia da deputada estadual Micarla de Souza, presidente regional do PV, e do vereador Edivan Martins, líder da agremiação na câmara municipal de Natal e interface entre a agremiação e os jipeiros potiguares.

O Igarn também levará para a região seus dois laboratórios móveis, a fim de submeter a exames “in loco” a água que os jipeiros conhecerem nos dois municípios.

Aldo, que reside em Natal, esperará o comboio em João Câmara, juntamente com a prefeita Gorete Leite, e autoridades municipais de Pureza o aguardará nesta cidade, na companhia de Henrique Santana.

Tratando-se de uma viagem de sentido sócio-ambiental, ainda não é possível saber quantos e quais os jipeiros que integrarão o comboio. Esta participação é aberta, podendo integrar a caravana os “off roaders” que o desejarem. Os organizadores da viagem pedem que os interessados apenas tomem a iniciativa de comunicarem a decisão de integrar o comboio para medidas de ordem logística que eventualmente careçam de informações quanto aos números de veículos e de tripulantes mobilizados pela expedição.

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 584/2007, de sexta-feira, 07 de dezembro de 2007.

Aumenta o número de jipeiros que vão a Pureza e João Câmara

O número de jipeiros que pretendem participar da expedição rumo às nascentes do rio Maxaranguape, nos municípios de João Câmara e de Pureza, a ser realizada neste domingo, dia 9, depois de amanhã, vem aumentando nas últimas 24 horas através de telefonemas anunciando novas adesões ao projeto.

Esta será a expedição em que a Trilhamiga levará jipeiros, ambientalistas, técnicos e administradores de órgãos governamentais vinculados à questão das águas no Rio Grande do Norte a inspecionarem as nascentes de rios que banham o território potiguar. Os dois primeiros cursos d’água contemplados foram o Pitimbú, que banha a região metropolitana, e o Potengí, que em tupi-guaraní dá nome a esta unidade federativa.

Da expedição deste domingo deverão participar integrantes do Natal Land Clube e do Natal Jeep Clube, entidade em fase de formação, assim como da Trilhamiga, ao lado do presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia (Sonarq), historiador Walner Barros Spencer, dirigentes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pitimbú (CBH-Pitimbú) e representantes de outras entidades ligadas à defesa do meio ambiente.

Também integrarão o comboio o presidente, engenheiro Celso Veiga, e técnicos do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), co-promotor das expedições de jipeiros às nascentes de rios; o engenheiro Henrique Santana, presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn); a engenheira Geni Formiga, ex-presidente do Igarn; o geólogo Marcelo Queiroz, gerente do setor de hidrogeologia da Companhia de Águas e Esgotos (Caern), e técnicos do Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema).

O Partido Verde (PV) também participará do evento, por intermédio de sua presidente regional, deputada estadual Micarla de Souza, e do líder da bancada na câmara de Natal, o vereador Edivan Martins.

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INSPEÇÃO ÀS NASCENTES DO RIO MAXARANGUAPE (02)

Comboio deverá começar a se concentrar às 5h30 no posto São Luiz

Está inteiramente mantido o plano de viagem definido na última segunda-feira para a expedição que amanhã levará jipeiros, ambientalistas, técnicos e autoridades governamentais a inspecionar as nascentes do rio Maxaranguape, situadas em João Câmara e em Pureza.

Proposto desde o final de outubro último pelo advogado e historiador Aldo Torquato, ex-prefeito de João Câmara e anfitrião dos interessados em conhecer a fonte situada no seu município, o programa da viagem foi consolidado durante reunião que os organizadores do evento compartilharam no último dia 3 no gabinete da presidência do Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn).

ETAPAS DA VIAGEM

De acordo com o plano de viagem elaborado por Torquato, o comboio deverá começar a se concentrar às 6 horas, no posto São Luiz da avenida Salgado Filho, em Lagoa Nova, na zona sul de Natal, para iniciar ali seu deslocamento às 5h30m.

Empregando sempre velocidade de comboio e trafegando sobre o asfalto da rodovia BR 406, o comboio deverá chegar a João Câmara por volta das 8 horas. Seus participantes tomarão o café da manhã, então, na fazenda “Santa Rosa”, pertencente a Aldo Torquato e sua esposa, Rosângela.

Logo em seguida, o comboio demandará aos açudes “Grande” e “Pedra D’água”, para que os jipeiros conheçam a situação ambiental de que desfrutam, e à localidade “Amarelão dos Mendonça”, conhecendo uma comunidade formada por remanescentes de índios e negros, para ao meio-dia chegar à localidade de “Buraco Seco”, a fim de inspecionar o riacho que dá origem ao Maxaranguape.

Dali, a caravana rumará ao restaurante “Galinha Caipira”, onde seus integrantes almoçarão. À mesma hora, três ou quatro integrantes do comboio, entre os quais o historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Barros Spencer, presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia (Sonarq), o engenheiro aeronáutico Levy Pereira, presidente, e o professor e técnico em petróleo Job Azevedo, diretor do Natal Land Clube, e Celso Veiga concederão entrevista sobre a situação da nascente do Maxaranguape na sede da rádio Baixa Verde, a única AM local, do programa “Pra Frente João Câmara”, que Aldo Torquato apresenta ali todos os domingos, do meio-dia às 13 horas.

Concluída a entrevista, eles demandarão ao restaurante, almoçarão e em seguida puxarão o comboio rumo à sede do município de Pureza, onde tem sede a principal nascente do Maxaranguape. Ali o comboio será recebido pelo presidente da Empresa de Pesquisa Agro-pecuária (Emparn), engenheiro Henrique Santana, ex-prefeito de Pureza.

Depois da visita, o comboio demandará a Natal através da rodovia estadual, asfaltada, que leva a Ceará Mirim, onde os jipeiros voltarão a utilizar a BR 406.

PARTICIPANTES

A exemplo de Celso, Job, Levy e Spencer, várias outras pessoas participarão do comboio a partir de Natal. É o caso de representantes das diretorias da Companhia de Águas e Esgotos (Caern), do Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema) e de outros órgãos públicos ligados à ecologia e aos recursos hídricos. A diretoria de pelo menos um comitê de bacia hidrográfica, o vinculado ao rio Pitimbú, participará da viagem, que também deverá receber a companhia da deputada estadual Micarla de Souza, presidente regional do PV, e do vereador Edivan Martins, líder da agremiação na câmara municipal de Natal e interface entre a agremiação e os jipeiros potiguares.

O Igarn também levará para a região seus dois laboratórios móveis, a fim de submeter a exames “in loco” a água que os jipeiros conhecerem nos dois municípios.

Aldo, que reside em Natal, esperará o comboio em João Câmara, juntamente com a prefeita Gorete Leite, e autoridades municipais de Pureza o aguardará nesta cidade, na companhia de Henrique Santana.

EVENTO ABERTO

Tratando-se de uma viagem de sentido sócio-ambiental, ainda não é possível saber quantos e quais os jipeiros que integrarão o comboio. Esta participação é aberta, podendo integrar a caravana os “off roaders” que o desejarem. Os organizadores da viagem pedem que os interessados apenas tomem a iniciativa de comunicarem a decisão de integrar o comboio para medidas de ordem logística que eventualmente careçam de informações quanto aos números de veículos e de tripulantes mobilizados pela expedição.

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INSPEÇÃO ÀS NASCENTES DO RIO MAXARANGUAPE (03)

Jornalista salienta o caráter multidisciplinar da gestão das águas

Um equívoco cometido ontem pela redação de Notícias de Jipeiros sugeriu à jornalista Laélia de Melo, secretária do Comitê da Bacia Hidrogáfica do Rio Pitimbú (CBH-Pitimbú), aproveitar o ensejo para salientar o fato de nos últimos tempos o enfrentamento das questões e a gestão dos recursos hídricos ter deixado de ocupar apenas profissionais das áreas tecnológica e da saúde, passando a exigir muito, também, de pessoas com outra formação.

Apontada erradamente como engenheira em notícia que o jornal veiculou sobre a expedição que jipeiros, ambientalistas, técnicos e autoridades governamentais farão depois de amanhã às nascentes do rio Maxaranguape, nos municípios de Pureza e de João Câmara, Laélia, que é neta do poeta Othoniel Menezes, autor de “Praieira”, o hino emocional e oficial de Natal, utilizou a necessidade de corrigir a falha editorial como oportunidade para mostrar que muita gente ainda hoje afastada das questões relacionadas aos recursos hídricos pode voltar-se proativamente para elas.

Eis na íntegra a mensagem que ela endereçou ao jornalista Roberto Guedes, editor de Notícias de Jipeiros e coordenador da Trilhamiga, o grupo que idealizou as expedições de “off roaders” às nascentes dos rios que banham o território do Rio Grande do Norte:

“Caro Roberto:

Ao longo do tempo, na sua maioria as atividades de gestão de recursos hídricos em nível de bacias hidrográficas foram realizadas por engenheiros ou peritos em saúde pública. Esses profissionais detêm conhecimentos e instrumentos que lhes permitem elaborar políticas públicas de excelência nessa área. Contudo, realizam frequentemente trabalhos de caráter apenas técnico, que lhes conferem a ilusão de serem isentos, autônimos e livres de ingerências políticas. Essa visão meramente técnica das questões relacionadas à gestão de água requer uma compreensão maior de quais são os fatores mais prováveis de afetar o processo. A beleza do arcabouço jurídico e institucional do nosso sistema brasileiro de gerenciamento de recursos hídricos está, em grande parte, em considerar uma visão multidisciplinar dessas questões, levando em conta as condições socioeconômicas e políticas que envolvem a gestão.

Bom, escrevi tudo isso para dizer que não sou engenheira, diferentemente do que conta na edição de hoje do jornal Notícias dos Jipeiros. Sou graduada em Comunicação Social e Pedagogia, especialista em meio ambiente e políticas públicas, e quase especialista em gestão normativa de recursos hídricos.

Um cordial abraço.

Laélia”.

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 588/2007, de quinta-feira, 13 de dezembro de 2007.

Arqueólogo aproveita época natalina para incentivar jornalista e jipeiro

O historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Barros Spencer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), aproveitou a motivação da época, que leva muita gente a formular votos de Feliz Natal e próspero ano novo, para, no tocante ao jornalista Roberto Guedes, criador e editor de Notícias de Jipeiros, apresentar-lhe uma moção pessoal de incentivo ao que vem fazendo como cidadão e como praticante de atividades fora de estrada.

Esta é, na íntegra, a mensagem de Spencer:

“Caro Roberto:

Queira aceitar, junto à tua família, os votos de um Feliz Natal deste amigo que tem tido a oportunidade de conviver contigo, de modo mais constante, reconhecendo, cada vez mais, belas qualidades pessoais, unidas a um invulgar dinamismo na consecução de missões que trafegam acima e além do dever.

Que o espírito de altruísmo - que parece desaparecer tão celeremente nos dias de hoje - seja o símbolo deste Natal em nosso meio;

Que a constância e a perseverança que o amigo demonstra na produção e manutenção do jornal Notícias de Jipeiros continue criando e multiplicando o sucesso que, muito merecidamente, já apresenta.

Caro amigo, és parte integrante e fundamental na história dos jipeiros e dos automobilistas fora-se-estrada deste nosso belo Rio Grande do Norte, reconheçam os outros, ou não!

O que importa não é o que pensam ou deixem de pensar alguns, mas sim o que vai restar de nós. E tu, caro amigo, RESTARÁ!

Feliz Natal

Walner Spencer”.

FONTE: Notícias de Jipeiros n° 592/2007, de quinta-feira, 20 de dezembro de 2007.

Arqueólogo enaltece preocupação do Natal Jeep Clube com acervo do RN

Os fundadores do Natal Jeep Clube receberam ontem um incentivo extraordinário para a tarefa a que se vêm dedicando, através de pronunciamento em que o presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Barros Spencer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), enaltece o interesse que alimentam em relação ao realce e à preservação da cultura desta unidade federativa e manifesta o desejo de levar as duas organizações a trabalharem juntos.

Spencer se manifestou em correspondência que endereçou ao jornalista Roberto Guedes, criador e editor de Notícias de Jipeiros e um dos fundadores do Natal Jeep Clube, para dizer que nesta entidade “cativa-me, principalmente, a consciência em relação aos compromissos no que tange à preservação de nossos tesouros culturais tangíveis, como os históricos e arqueológicos, bem como o a da conservação de nossas paisagens notáveis”.

Este é, na íntegra, a mensagem de Spencer:

“Caro Roberto:

Tenho acompanhado com interesse e atenção o movimento que redundou na criação do Natal Jeep Clube.

É chover no molhado falar da qualidade de seus fundadores e integrantes, todos, ao que parece, repartindo uma responsabilidade social, cultural e comunitária, ao lado da veia desportiva e aventureira, que é marca patenteada dos amantes dos veículos fora-de-estrada.

Cativa-me, principalmente, a consciência em relação aos compromissos no que tange à preservação de nossos tesouros culturais tangíveis, como os históricos e arqueológicos, bem como o a da conservação de nossas paisagens notáveis.

É visível atualmente em nosso estado uma certa privatização da paisagem. Alguns - escorados em influências várias - dão-se o desplante de pensarem que fatores econômicos, sociais e políticos privilegiados, os diferenciam daqueles outros que não os possuem.

O poder de fazer deve ser um fator de libertação, de solidariedade, de carinho humano, e não, ao contrário, de isolamento, preconceito e egoísmo.

Não se deve confundir o direito à propriedade privada, individual e positivo, com o monopólio das belezas naturais, direito coletivo difuso, que é parte integrante do direito natural.

As paisagens naturais notáveis - estejam onde estiverem - constituem um presente de Deus a todos os homens, e não podem, por conseguinte, serem escondidas das vistas dos menos aquinhoados.

Há lugares em nossas praias, como na de Búzios, por exemplo, em que a visão de maravilhosas enseadas passou a ser impedida pela construção de altos e enormes muros - à la Carandirú. Onde antes passar era um refrigério à alma, irmanando todos à natureza, hoje o simples trafegar gera ansiedade e dá uma certa ojeriza contra as pessoas que se intitulam donas desta Capitania do Rio Grande - ou que, ao menos, pretendem ser.

Será que fazem por mal? Acho que não, mas por pura ignorância do que é uma vida de paz e harmonia. E aí que entidades como esta de vocês vem somar positivamente.

Aproveito para - em nome da Sonarq (Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente) - desejar a todos os membros desta nova entidade desportiva e cultural, os votos de sucesso e alegria - e muitas trilhas - neste novo ano que se avizinha.

A Sonarq está à disposição deles para firmar uma parceria no campo de atuação das duas associações.

Um grande abraço de

Walner B. Spencer

Presidente da Sonarq”.

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JIPEIRISMO E CULTURA (02)

Clube mostra a fundadores o incentivo da Sonarq

Tão logo recebeu a correspondência em que o historiador, antropólogo e sociólogo Walner Barros Spencer, presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), transmite o interesse desta entidade quanto a montar parceria com o Natal Jeep Clube, o jornalista Roberto Guedes repassou a mensagem aos demais fundadores da associação de “off roaders”.

Ele o fez repassando-lhes simultaneamente a resposta que encaminhou a Spencer, a qual tem o seguinte teor:

“Natal, quarta-feira 19 de dezembro de 2007

Caríssimo Spencer:

Ainda profundamente sensibilizado com suas observações a respeito do Natal Jeep Clube e as preocupações que motivam seu nascimento, ainda em curso, adianto-lhe que, pessoalmente, já tinha como certo que esta entidade e a Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq) seriam parceiros tão logo começássemos a dar curso às iniciativas de nossa associação.

Para transmitir-lhe uma idéia da importância atribuída a esta sua iniciativa, informo-lhe que, enquanto me dirijo a você, que tão bem posiciona a Sonarq em benefício do patrimônio cultural do nosso Rio Grande do Norte, esta resposta está sendo repassada, juntamente com a sua inicial, para todos os fundadores do Natal Jeep Clube que integram nosso grupo de discussões via internet.

Tenho certeza de que todos comungam do ponto de vista de que juntos a Sonarq e nosso Natal Jeep Clube farão muito pelo nosso Estado.

A propósito, lastimo muito o fato de não termos viabilizado o contato que procuramos com você, na semana passada, a fim de convidá-lo a participar da primeira ‘Trilha do Cajú’, que o Natal Jeep Clube promoveu ao longo daquela estrada, que poderia ser a "Estrada Colonial", que funcionou como primeiro caminho por terra que os europeus utilizaram entre Recife e a região de Natal logo depois do descobrimento do Brasil.

Queríamos muito que na primeira ‘Trilha do Cajú’ você atuasse como guia cultural durante o evento, em função do acervo de informações que possui a respeito da região de Malembar e lagoa de Guaraíras, conforme demonstrou na primeira expedição que a Trilhamiga promoveu com o objetivo de unir jipeiros e arqueólogos, mobilizados pela Sonarq, em busca de sítios históricos e pré-históricos situados no território potiguar.

Espero que possamos repetir o trajeto, muito brevemente, contando com esta sua participação, que foi solicitada por vários participantes da primeira ‘Trilha do Cajú’.
Fraternalmente,

Roberto Guedes”.

TODOS OS TEXTOS ACIMA FORAM REPRODUZIDOS NA ÍNTEGRA.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

SONARQ visitará as nascentes do Maxaranguape

A Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), parceira da Trilhamiga em ofensivas que objetivam a preservação do patrimônio histórico e ecológico do Rio Grande do Norte, participará da próxima expedição a nascentes de rios que banham o território potiguar, a ser promovida em breve na região do Mato Grande. O anúncio da participação foi feito ontem pelo presidente da entidade, historiador, arqueólogo e antropólogo Walner Barros Spencer.

Nesta viagem, a Trilhamiga levará jipeiros, ambientalistas, autoridades e técnicos governamentais a conhecerem as nascentes do rio Maxaranguape, uma das principais referências em termos de bacias hídricas do Rio Grande do Norte. A expedição levará o grupo até o interior do município de João Câmara, onde se tem notícia de nascente do rio, e ao de Pureza, onde se localiza o principal manancial da bacia.

Grupo de jipeiros que se vem organizando desde outubro do ano passado, a Trilhamiga já promoveu duas expedições a nascentes de rios, contemplando o Pitimbú, fornecedor de grande parte da água servida à população da região metropolitana, e o Potengí, que deu em tupi-guaraní a denominação desta unidade federativa. A partir desta missão, todas as inspeções a nascentes de rio constituem interação direta com o Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), cujo diretor geral, engenheiro Celso Veiga, participa pessoalmente das expedições.

Ao anunciar a participação sua e da cúpula da Sonarq na expedição rumo às nascentes do Maxaranguape, Spencer salientou, em correspondência que endereçou ao jornalista Roberto Guedes, coordenador da Trilhamiga e criador e editor de Notícias de Jipeiros, o quanto têm evoluído as inspeções que arqueólogos e integrantes do Natal Land Club vêm realizando em função de sítios históricos e pré-históricos de que se tem notícia no território potiguar.

DEPOIMENTO

As informações de Spencer são publicadas na íntegra a seguir:

“Caro amigo Roberto Guedes:

Sem sombra de nenhuma dúvida, o seu jornal Notícias de Jipeiros alcançou o ponto ótimo de uma publicação voltada para um segmento específico de esporte, lazer e cultura. Sou um leitor sempre atento às notícias, campanhas, sugestões e críticas que ele traz.

Em uma de suas últimas edições, deparei-me com a intenção de que as nascentes - ou as cabeceiras - do rio Maxaranguape sejam visitadas e inspecionadas em breve. Como sabes, não consegui, infelizmente, participar daquela que visitou as nascentes do Potengi, nem me foi possível delegar a responsabilidade para algum outro integrante representar a Sonarq na expedição. No entanto, asseguro desde já - e antecipadamente - o desejo e a intenção de participar desta ao Maxaranguape, rio de grande importância na história indígena de nosso Estado, e que teve singular importância no ‘boom’ da fabricação de açúcar no decorrer do século XIX, como expansão desta atividade agro-industrial no vale do Ceará Mirim. Pretendo, igualmente, fazer com que a Sonarq seja representada por ouros integrantes.

Receba meu fraternal abraço

Walner Barros Spencer

PS: nosso trabalho mútuo com o Natal Land Club vai de vento em popa, e somente sofreu solução de continuidade em virtude da programação do Natal Land Clube no feriado de 7 de setembro e de um diagnóstico arqueológico que a Sonarq esteve realizando para o Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente (Idema), na Redinha Velha. Mas estamos voltando para na segunda quinzena deste mês corrente”.


FONTE:
NOTICIA DOS JIPEIROS

Edição N° 534/2007 (*)

Natal, quinta-feira, 13 de setembro de 2007,

Jornalista Responsável: Roberto Guedes (RG151-DRT/RN).


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Parceria: SONARQ & Jiperismo

Spencer e Levy comemoram inicio da parceria entre off roader e arqueólgo

Em correspondência que trocaram nos últimos dias, os presidentes da Associação Norte-rio-grandense de Arqueologia (Sonarq) e do Natal Land Club, historiador, antropólogo e arqueólogo Walner Spencer e engenheiro aeronáutico Levy Pereira, respectivamente, enalteceram o início da parceria que celebraram em campo, na tarde do último sábado, durante a pesquisa que compartilharam ao longo da “Trilha de Malembar”.
Esta é, na íntegra, a mensagem que Spencer enviou anteontem a Levy:
Caro Presidente Levi:
Muito me alegra exprimir a enorme satisfação oriunda do êxito do empreendimento comum de nossas associações, o Natal Land Clube e a Sonarq - que se realizou plenamente no sábado próximo passado.
Creio que o objetivo maior inicial era testar o relacionamento entre uns e outros e observar se as atitudes de todos se coadunavam nos mesmos ideais e responsabilidades. Assim, tudo foi a contento e, creio, houve um dinamismo a envolver a todos, fazendo com que os aspectos históricos e arqueológicos não interferissem nem amortecessem as emoções do esporte-lazer dos jipeiros do Natal Land Club; e nem tirassem dos integrantes da Sonarq nenhuma qualidade de sua visão científica da expedição.
Creio não será demasiado afirmar que todos aprenderam algo novo uns com os outros, e essa troca de experiências variadas deverá enriquecer culturalmente a todos.
Resta dizer que esta primeira expedição - que chamei de Rallye, no sentido de reunião de iguais - foi como um teste da capacidade de convivência entre todos nós, e tenho a certeza de que nos próximos eventos do tipo estaremos a planejar conjuntamente os locais a serem encontrados ou as trilhas históricas a serem percorridas, de maneira que possamos dividir os conhecimentos e incrementar as descobertas.
Em nome de todos os associados da Sonarq, quero estender os agradecimentos da camaradagem e apoio recebidos de todos os integrantes do Natal Land Clube, extensivos ao jornalista e amigo Roberto Guedes, que comprou a idéia pelo seu valor de face. Seu apurado faro de jipeiro e jornalista não lhe causará arrependimentos. Em pouco, creia, caro Presidente, seremos exemplo nacional de cidadania sã e responsável.
Um grande e fraternal abraço
Walner Barros Spencer
Presidente da Sonarq.
Em resposta, Levy enviou esta mensagem a Spencer:
Caro Presidente Walner:
fique certo de que é recíproco o sentimento dos membros do Natal Land Club de que atingimos excelente grau de entendimento e satisfação na nossa expedição na área de Malembar com a Sonarq. Todos que nela participaram ficaram entusiasmados.
Agradecemos ao senhor e ao professor Rodrigo todas as explanações e ensinamentos que nos transmitiram naquela que foi uma das aulas mais motivadora e prazeiroza que já tivemos oportunidade de assistir.
Quanto ao NLC, futuros “Rallyes com a Sonarq” estão sendo ansiosamente aguardados - sabemos que o planejamento das expedições dependem de trabalho acadêmico preliminar para definir sua metodologia e objetivos. E que há trabalho posterior - registros, etc. Também estamos dispostos nisso contribuir da forma que nos for possível.
Um fraternal abraço,
Levy Pereira,
Presidente do NLC”.

FONTE:

NOTICIA DOS JIPEIROS
Edição N° 504/2007 (*)
Natal, quarta-feira, 1º de agosto de 2007,
Jornalista Responsável: Roberto Guedes (RG151-DRT/RN).

segunda-feira, 30 de julho de 2007

JIPEIRISMO E CULTURA - nº 002/07

Jipeiros exploram a primeira estrada da história do Rio Grande do Norte

A exemplo do patrimônio artístico e histórico do Rio Grande do Norte, o acervo de informações a respeito de trilhas para atividades 4x4 no território desta unidade federativa experimentou um grande acréscimo com a realização da expedição que jipeiros e arqueólogos conterrâneos realizaram anteontem na região do litoral a sul de Natal marcada pela praia de Malembar e pela lagoa de Guaraíras, no município de Georgino Avelino.

Para começo de conversa, segundo o presidente da Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), historiador, arqueólogo e antropólogo Walner Barros Spencer, durante bom tempo da experiência deste sábado os jipeiros e os pesquisadores acadêmicos com os quais estes compartilharam o espaço de seus veículos trafegaram ao longo da mais antiga estrada que já existiu no território potiguar.

Trata-se de um trecho de terra que vai da beira mar nas imediações do espaço de Malembar em que balsas demandam à cidade de Tibau do Sul até à vila de Campo de Santana, em Nísia Floresta, margeando a lagoa de Guaraíras, que até o início do século passado foi a maior reserva natural de água doce de todo o Rio Grande do Norte.

O caminho precisa ser muito bem avaliado do ponto de vista da história potiguar e também de suas qualidades enquanto desafio para praticantes de atividades fora de estrada.

APOGEU E QUEDA

Do ponto de vista da história, é certo que desde o início da colonização portuguesa e até que ocorresse o rompimento de um isto que ligava Tibau a Malembar, nos anos vinte do século passado, todas pessoas e mercadorias que circulavam entre Recife e Natal passavam por ali, fortalecendo o trecho entre a praia e a vila de Campo de Santana, hoje pertencente ao município de Nísia Floresta, num espaço em franco desenvolvimento, mercê dos padrões da época.

“Tudo indica que estamos numa área que foi riquíssima graças ao tráfego e aos negócios que ele ensejava”, disse Spencer, num dos sítios arqueológicos que o grupo visitou, no cimo de um morro que lhe permitia ver a menos de um quilômetro a cidade de Georgino Avelino e uma edificação isolada que identificou como antiga sede da Companhia de Jesus, a organização dos jesuítas, que exerceu muita influência na consolidação do domínio português sobre esta parte do Nordeste brasileiro.

Ainda segundo Spencer, a destruição do istmo passou a exigir que as viagens ao longo da região mudassem de rota, desviando-se de Tibau rumo a São José de Mipibu por Georgino Avelino ou Goianinha.

“Com o fim da estrada entre Malembar e Campo de Santana, esta região sofreu um golpe econômico e cultural terrível e passou a definhar enquanto ajuntamento populacional”, explicou, enquanto orientava os jipeiros acerca dos sucessivos espaços do caminho que percorriam.

CIRCULAR

Quanto ao valor do trecho para atividades fora de estrada, o trecho entre Malembar e Campo de Santana pode ser avaliado por duas informações. Em primeiro lugar, os jipeiros que fizeram o desbravamento da área nos tempos modernos, sócios do Natal Land Club que estiveram por lá há poucos meses, sob a liderança do presidente da entidade, engenheiro aeronáutico Levy Pereira, o elegeram para cenário de um grande evento em fase de gestação a ser realizado em setembro ou outubro com o patrocínio da Land Rover, a montadora dos veículos de sua preferência.

Em segundo lugar, os jipeiros desvinculados do Natal Land Clube que participaram da expedição deste sábado se entusiasmaram tanto com o que percorreram que quiseram esticar ao máximo a permanência em trilha para explorar sempre mais o que aparecia à sua frente. Embora o sol já tivesse desaparecido quando o comboio chegou a uma área de charco, queriam avançar em meio ao desconhecido e chegaram a ensaiar, mas a lama que enfrentaram ao longo de poucos metros recomendou que adiassem o desbravamento para um dia em que pudessem chegar ali cedo e explorar bem o solo.

Consultado a respeito, Levy, que conhece o trecho não utilizado anteontem, recomendou o retorno ao litoral, vez que o charco só deve ser enfrentado à luz do sol, mesmo por quem já conhece a área. Acatando sua orientação, os outros jipeiros retornaram pensando em voltar ao local nos próximos para completarem a missão.

CAMINHO DAS BALSAS

O terceiro ponto a enaltecer no trecho reside exatamente na parte ainda desconhecida pelos jipeiros que estiveram entre Malembar e Campo de Santana neste sábado. Se conseguirem completar o circuito e recomendá-lo a outros “off roaders”, eles estarão finalmente usufruindo de um trajeto sonhado há muitos anos por muitos jipeiros natalenses. Trata-se de pessoas que sempre quiseram criar um acesso a Malembar que não implicasse no emprego de todo o asfalto que vai de Tabatinga até poucos quilômetros da travessia em balsa.

O caminho entre campo de Santana e as balsas deverá reduzir fabulosamente o tempo que os veículos levam à beira mar entre o asfalto e a parte de Malembar mais próxima de Tibau. Se isto virá ou não a ser uma conquista para outros usuários das balsas, ainda não se sabe. No mínimo, porém, ao completar a viagem entre Malembar e Campo de Santana margeando a lagoa de Guaraíras os jipeiros terão criado um trajeto circular de trilha de que deverão tirar muito proveito daqui em diante.

Resta irem concluir a tarefa deste sábado.



FONTE:


JORNAL DOS JIPEIROS (via e-mail)


Edição N° 502/2007 (*)

Natal, segunda-feira, 30 de julho de 2007,

Jornalista Responsável: Roberto Guedes (RG151-DRT/RN).

JIPEIRISMO E CULTURA - nº 001/07

Sucesso marca 1ª missão conjunta de arqueólogo e “off roader” natalenses

Revestiu-se do mais completo sucesso a primeira missão conjunta que jipeiros e arqueólogos natalenses fizeram juntos num esforço visando o desenvolvimento de um projeto muito mais abrangente, que tende a viabilizar várias expedições rumo a muitos cenários do território potiguar, na tentativa de identificar, mapear e ajudar a proteger sítios históricos e pré-históricos eventualmente ameaçados de destruição pela força do homem moderno.

Comboio formado por menos de dez veículos, a grande maioria jipes Land Rover Defender, atuou durante várias horas nas regiões polarizadas pela praia de Malembar e pela lagoa de Guaraíras, a sul de Natal, trazendo na volta muitas informações que, depois de processadas à luz da ciência, poderão proporcionar acréscimos dignos de destaque ao patrimônio cultural e histórico do Rio Grande do Norte. Para o acervo do jipeirismo, já lega a existência da “Trilha de Malembar”, que precisa ser experimentada por muitos “off roaders”.

DOIS LÍDERES

Motivada por um esforço proposto e vetorizado pela Trilhamiga, em função de necessidade demonstrada pela Sociedade Norte-rio-grandense de Arqueologia e Meio Ambiente (Sonarq), a viagem de ontem foi liderada a quatro mãos pelos presidentes desta entidade, historiador, arqueólogo e antropólogo Walner Barros Spencer, e do Natal Land Clube, engenheiro aeronáutico Levy Pereira.

Contando com a participação de vários jipeiros e arqueólogos, a caravana percorreu vários caminhos de trilha e visitou alguns sítios nos quais integrantes dos dois grupos esperavam encontrar objetos que permitissem avaliar sua importância para a historiografia potiguar e nacional.

OBSERVATÓRIO

Um dos cenários havia sido identificado recentemente por Levy e outros sócios do Natal Land Club enquanto realizavam uma missão de reconhecimento. Nele, os caravaneiros de anteontem constataram haver chegado a lugar com alguma importância, um alto de morro em que presumivelmente funcionou algum tipo de observatório, não se sabe ainda de quem e de que natureza, se mercantil ou militar.

Segundo Spencer, a poucos metros deste espaço havia uma grande unidade de jesuítas. Além disto, ocorreu-lhe que o promontório estaria à margem do que teria sido uma estrada por onde houve muita circulação de pessoas e mercadorias entre as cidades de Recife e de Natal, no início da colonização portuguesa e ao longo de presenças de outros europeus no Rio Grande do Norte.

No outro cenário, os expedicionários encontraram vários objetivos que garantem a presença na área de índios que existiam no litoral do Rio Grande do Norte muito antes do início da presença européia no Brasil. Eles encontraram no local três objetos que os arqueólogos atestaram ter valor histórico – seriam um batedor e dois machados de pedra semelhantes aos que eram utilizados pelos indígenas do início da colonização portuguesa.

Todas as informações levantadas na expedição deverão ser reduzidas a termo em relatório técnico a ser elaborado pela equipe da Sonarq. Segundo Spencer, não há uma data prefixada para a liberação deste documento.



FONTE:


JORNAL DOS JIPEIROS (via e-mail)


Edição N° 502/2007 (*)

Natal, segunda-feira, 30 de julho de 2007,

Jornalista Responsável: Roberto Guedes (RG151-DRT/RN).